A celebração teve origem em 1243, em Liège, na
Bélgica, no século XIII, quando a freira Juliana de Cornion teria tido visões
de Cristo demonstrando-lhe desejo de que o mistério da Eucaristia fosse
celebrado com destaque.
Em 1264, o Papa Urbano IV através da Bula Papal
“Trasnsiturus de hoc mundo”, estendeu a festa para toda a Igreja, pedindo a São
Tomás de Aquino que preparasse as leituras e textos litúrgicos que, até hoje,
são usados durante a celebração. Compôs o hino “Lauda Sion Salvatorem” (Louva,
ó Sião, o Salvador), ainda hoje usado e cantado nas liturgias do dia pelos mais
de 400 mil sacerdotes nos cinco continentes.
A procissão com a Hóstia consagrada conduzida em um
ostensório é datada de 1274. Foi na época barroca, contudo, que ela se tornou
um grande cortejo de ação de graças.
No Brasil, a festa passou a integrar o calendário
religioso de Brasília, em 1961, quando uma pequena procissão saiu da Igreja de
madeira de Santo Antônio e seguiu até a Igrejinha de Nossa Senhora de Fátima. A
tradição de enfeitar as ruas surgiu em Ouro Preto, cidade histórica do interior
de Minas Gerais.
A celebração de Corpus Christi consta de uma missa,
procissão e adoração ao Santíssimo Sacramento.
A procissão lembra a caminhada do povo de Deus, que
é peregrino, em busca da Terra Prometida. No Antigo Testamento esse povo foi
alimentado com maná, no deserto. Hoje, ele é alimentado com o próprio Corpo de
Cristo.
Durante a Missa o celebrante consagra duas hóstias:
uma é consumida e a outra, apresentada aos fiéis para adoração. Essa hóstia
permanece no meio da comunidade, como sinal da presença de Cristo vivo no
coração de sua Igreja.