terça-feira, 15 de maio de 2012


Chega a dar arrepios o barulho da serra elétrica que trabalha incessantemente no corte de árvores na serra de Martins. A cidade, que antes era conhecida por seu clima agradável, sendo comparada a cidades do sul do país, hoje sofre com o calor sufocante, por conta da falta de chuvas sim, mas também e, principalmente, do desmatamento inconsequente que vem ocorrendo.
Claro que o progresso é bem vindo, no entanto, devemos ter a consciência ecológica de que, de onde se retira e não se repõe, está fadado à extinção. Em outros termos, com a continuação da derrubada de árvores dos campos e da cidade, com o tempo (bem próximo), a cidade perderá sua principal atração turística: o frio hospitaleiro.
Achei bastante interessante um artigo de Marah Benitez que fala bem sobre as consequências do desmatamento:
Uma das conseqüências do desmatamento é a destruição e extinção de diferentes espécies. Muitas espécies podem ajudar na cura de doenças, usadas na alimentação ou como novas matérias-primas, são desconhecidas do homem, correndo o risco de serem destruídas antes mesmo de conhecidas e estudadas. Um resultado agravante do desmatamento é o progresso dos processos de erosão. As árvores têm a função de proteger o solo, para que a água da chuva não passe pelo tronco e infiltre no subsolo. Elas diminuem a velocidade do escoamento superficial, e evitam o impacto direto das chuvas como o solo e suas raízes ajudam a retê-lo, evitando a sua desagregação. 
A retirada da cobertura vegetal expõe o solo ao impacto das chuvas. As conseqüências dessa interferência humana são várias: 
- aumento do processo erosivo, o que leva a um empobrecimento dos solos, como resultado da retirada de sua camada superficial e, muitas vezes, acaba inviabilizando a agricultura; 
- assoreamento de rios e lagos, como resultado da elevação da sedimentação, que provoca desequilíbrios nesses ecossistemas aquáticos, além de causar enchentes e, muitas vezes, trazer dificuldades para a navegação; 
- elevação das temperaturas locais e regionais, como consequência da maior irradiação de calor para a atmosfera a partir do solo exposto. Sem a floresta, quase toda essa energia é devolvida para a atmosfera em forma de calor, elevando as temperaturas médias; 
- agravamento dos processos de desertificação, devido à combinação de todos os fenômenos até agora descritos: diminuição das chuvas, elevação das temperaturas, empobrecimento dos solos e, portanto, acentuada diminuição da biodiversidade;
Além desses impactos locais e regionais da devastação, há também um perigoso impacto em escala global. A queima das florestas, seja em incêndios criminosos, seja na forma de lenha ou carvão vegetal para vários fins, tem colaborado para aumentar para aumentar a concentração de gás carbônico na atmosfera. É importante lembrar que esse gás é um dos principais responsáveis pelo efeito estufa.

Quando a última árvore tiver caído,
Quando o último rio tiver secado,
E o último peixe tiver sido pescado,
Aí sim, iremos entender que dinheiro não se come.

Progresso sim, destruição não!

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